terça-feira, 2 de agosto de 2011

SOBRE CONVICÇÕES NO FUTEBOL COLORADO

Quais as convicções de Luigi?


No último final de semana, talvez em razão do clima que recomendava o recolhimento, passei várias horas assistindo aos jogos da rodada do brasileirão e a programas esportivos. Em uma dessas transmissões ouvi uma entrevista que me preocupou. Não apenas preocupou. Fez a todos os colorados colocarem as barbas de molho.

Nesta entrevista, dada por um novo dirigente do futebol colorado, senhor Cuca Lima, os problemas que assolam o futebol colorado ficaram claros.

Primeiro porque revelou a absoluta falta de convicção da diretoria do Inter a respeito das coisas do futebol. Isso porque, por um lado, afirmou este diretor que não há mais negociações em andamento com qualquer técnico para fins de contratação. E de outro, também informou que não há nenhuma definição a respeito de uma possível permanência de Osmar Loss no comando técnico da equipe. Ou seja, somente incertezas assombram o Beira-Rio.

Aliás, não somente incertezas, pois algumas coisas estão ficando claras. A incapacidade da atual diretoria de dar rumo ao futebol do Clube é uma delas. A completa divergência de pensamentos sobre como seguir adiante, outra.

E o próprio time já está refletindo essa indefinição no seu futebol, pois os jogadores refletem em grande parte a insegurança da orientação que recebem e a falta de convicção com que convivem no dia a dia.

Mas o que está faltando no futebol do Inter?

Não tenho dúvida alguma em responder: projeto, convicção e unidade de pensamento de seus dirigentes.

Um grupo político, antes de assumir um clube de futebol como o Inter, precisa ter um projeto definido para o Departamento de Futebol. É necessário ter convicções sobre se é melhor contratar um técnico novo, ou um treinador mais experimentado. Se se vai formar uma equipe mais ou menos experiente. Que tipo de atletas queremos. Como orientar as categorias de base, enfim, tudo o que não se vê hoje no Internacional.

O MaisInter tem projeto e idéias muito claras a respeito do futebol. Técnico precisa ser experiente. Ter alcançado títulos importantes, ter liderança, caráter e conduta profissional e privada que seja exemplo aos atletas. Mas deve ser vitorioso e estar vitorioso. Não é aceitável que se espere a demissão de um treinador por péssimos resultados em outros clubes e então se o traga para o Inter. Treinador precisa ser vencedor para estar no Inter!

A equipe precisa ser jovem, com jogadores de força e habilidade. E a estes jovens agregar alguns mais experientes, para que se tenha o equilíbrio desejado. Mas estes “experientes” devem ser poucos, de modo que não comprometam a vitalidade e a entrega da equipe. Não se deve repatriar jogadores que não tenham mais a ambição de retornar à Europa, o sonho de todo o jogador. Porque o Inter não é lugar para se encerrar carreira.

Sobre tudo isso o MAIS INTER tem unidade de pensamento, e quando chegar sua vez de dirigir o Internacional, saberá honrar a confiança dos nossos associados.

Carlos Rafael dos Santos Junior
Conselheiro do INTER
membro do Movimento MAIS INTER

2 comentários:

  1. Caro Carlos Rafael, sou hoje um colorado veterano, com 55 anos. Nos anos 60, um dos melhores programas de domingo era acompanhar com o meu tio as doações de tijolos e cimento na frente do Beira Rio. Digo isto para lhe mostrar que tipo de colorado eu sou.
    Gostaria de lhe dizer que fiquei impressionado positivamente com o que lí nesta página, a começar pela descrição do que é o Mais Inter quando diz "para receber a opinião da torcida, pois entendemos que a torcida é a verdadeira propreitária do COLORADO". Voces demonstram uma sensibilidade no sentido do que é o S.C. Internacional em sua essencia pois, diferente dessas diretorias que só pensam em arrecadar e dizem que o clube é apenas dos sócios. Ora, não existe esta diferenciação ! Todos somos torcedores, sócios ou não. O sócio é, simplesmente, um torcedor que tem condições de ajudar o seu clube mas sofre ou vibra igualzinho ao torcedor.
    Com a sua permissão, postarei a seguir algumas coisas que me incomodam muito, como apaixonado pelo Inter que sou e sempre fui e espero que os ajude a elencar todos os objetivos do seu grupo quando, eventualmente, assumirem a administração colorada. Sem ordem de importancia ou prioridade, cito o seguinte:
    A) O Inter, 99% das cobranças de arremesso lateral, perde a posse de bola. Aparentemente, existe uma orientação de tentar transformar esta cobrança em uma jogada ofensiva mas, mal treinada, nunca dá certo.
    B)O escanteio correto é aquele em que o cobrador utiliza o pé que concorde com o lado da cobrança. Escanteio pela direita; pé direito e vice-versa. Dessa forma o cabeceador SEMPRE encontra a bola "saindo" do goleiro e, de uma certa forma, chegando de frente para ele.
    C) Nossa marcação pelas laterais (perto da área principalmente) é, desde os tempos do nada saudoso Zé Mario, afastada demais e não serve absolutamente para nada. Os nossos alas ou meio campistas param a 3 ou 4 metros do atacante e, literalmente, ficam olhando ele cruzar a bola onde, atualmente, uma linha de zagueiros ruins e/ou velhos não conseguem se livrar da bola.
    D) A direção de Fernando Carvalho e depois, Vitorio Píffero, lutou, lutou e conseguiu desfigurar a camiseta alvi-rubra. Algo inimaginável, algo que os torcedores não gostam mas, antidemocraticamente são forçados a engolir. O nosso clube, a nossa camiseta, as nossas cores são o vermelho e o branco. Toda vermelha é a camiseta do America do Rio ! Não se pode dizer que o branco foi parar no calção. Tambem, muito menos se pode dizer que o branco está nas letras "TRAMONTINA" ou "Banrisul". Isto é patrocínio ! Hoje está, amanhã pode não estar. A camiseta TEM QUE CONTAR COM O VERMELHO E O BRANCO. Não se mexe no que é tradição pois, senão, perdemos as raízes e viramos um outro clube qualquer. Espero ter contribuido. Um abração Colorado !

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