segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sobre a interdição do BEIRA-RIO


Desde 1969 apenas um incêndio (criminoso diga-se de passagem) foi registrado no BEIRA-RIO

Aos Torcedores e Associados do S. C. INTERNACIONAL


Ante as graves implicações da recente decisão judicial de interditar a casa dos COLORADOS, o movimento MAIS INTER vem manifestar sua preocupação com essa situação e compartilhar as seguintes reflexões:

a)      Não cometeremos a leviandade de insinuar alguma motivação clubística na iniciativa dos ilustres senhores Promotores que, convencidos da existência de fatores de risco ao torcedor, requereram a interdição não só do melhor estádio do Rio Grande do Sul, mas também de um de seus melhores ginásios, nem tampouco na compreensão do meritíssimo senhor Juiz que reconheceu esse perigo e decidiu pela decretação da interdição do estádio, poupando felizmente o Gigantinho. 

Juntamente com todos os gaúchos de qualquer cor, esperamos ver a mesma diligência manifestada pelo Ministério Público estadual exercitada no ajuizamento de novas ações civis públicas para a interdição de outros tantos estabelecimentos, na Capital e no Interior, que oferecem risco igual ou até maior aos respectivos frequentadores, mesmo que sem proporcionar a mesma exposição midiática aos agentes ministeriais;

b)  Mesmo que, como queremos crer, a iniciativa de requerer e a decisão de decretar a interdição do Estádio Beira-Rio tenham sido tomadas exclusivamente por motivos técnicos e isentos de paixões clubísticas, um beneficiário emerge nitidamente dessa situação: a Construtora Andrade Gutierrez S.A., cujos custos serão significativamente reduzidos enquanto durar a interdição, por eliminar a necessidade de limpeza e cercamento contínuos dos espaços de execução das obras indispensável ao isolamento das áreas de acesso ao Torcedor. 

Essas circunstâncias tornam inclusive provável a aceleração do ritmo das obras e a antecipação da entrega do estádio completo, o que, se vem em benefício do Clube, não é de menor interesse da "parceira", pois ela gozará de mais alguns meses em relação ao previsto para exercitar o privilégio contratual de exploração do estádio.

c)    Da leitura dos argumentos técnicos expostos pelo Ministério Público e dos fundamentos da decisão judicial, conclui-se que, mesmo que a limpeza e o cercamento dos espaços de execução das obras fossem impecáveis, a interdição teria ocorrido de qualquer forma, pois o estádio está sendo empregado sem Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI), e não poderá obtê-lo enquanto não concluir as obras; logo, por estar em obras, o estádio não tem como obter o alvará de funcionamento exigido pelo Corpo de Bombeiros; e sem esse alvará, não poderá obter o "habite-se" da Prefeitura de Porto Alegre. 

d)   Considerando a absoluta improbabilidade de um incêndio em um estádio de concreto, entendemos que a Diretoria do INTERNACIONAL deve cobrar da construtora Andrade Gutierrez a tomada de todas as medidas cabíveis para permitir o levantamento da interdição, consistentes no perfeito isolamento dos espaços de execução das obras e na adequada limpeza das áreas de acesso ao Torcedor, de forma a suprimir os reais fatores de risco constatados na inspeção judicial, permitindo assim que os competentes profissionais da Vice-Presidência de Serviços Jurídicos, em quem depositamos nossa confiança, tenham argumentos capazes de reverter essa decisão.

e)      Conclamamos os Associados do Internacional a manter a regularidade de seus pagamentos para com a Tesouraria do Clube, mesmo enquanto perdurar a interdição. Embora um clube de futebol não tenha o direito de pretender ser remunerado por um serviço que não presta, o INTERNACIONAL precisará, mais que nunca, poder contar com seus Associados, no momento que a receita dos ingressos dos demais Torcedores diminuirá sensivelmente. Ademais, o pagamento regular das mensalidades é indispensável para assegurar o direito de voto do Associado nas próximas eleições, oportunidade em que poderá manifestar o seu inconformismo ou a sua concordância com a presente situação.

f)      Caso não seja possível reverter a interdição do Estádio Beira-Rio, propomos que a Diretoria constitua uma comissão que envolva todos os setores políticos do Clube, a fim de minimizar o impacto negativo dessa situação sobre o nosso Time e, sobretudo, sobre os Associados do S. C. INTERNACIONAL.

Acreditamos na força dos Associados e na capacidade de mobilização da Torcida Colorada para superar mais essa dificuldade na luta pelo Tetracampeonato Brasileiro, pois ao longo de nossa história tem sido assim sempre: foi superando as dificuldade que construímos um dos maiores Clubes do mundo. Vamos mostrar que é preciso muito mais que isso para abalar um CAMPEÃO DE TUDO!



Movimento MAIS INTER